SONETO n.54
POR CAUSA DE TEUS OLHOS
Tento escrever... ah! bem que tento,
pois eu sou um mar eterno de versos.
Contudo, há o interno impedimento,
dentro do qual eu permaneço imerso.
Não é ausência de sopro ou de alento:
são teus olhos que, surgindo adversos,
invadem sem decência os sentimentos
a fazer o pensamento lento e disperso.
Que inferno! Castanhos e venenosos
(chegaram-me como forçado castigo)
gelados, quando deviam ser amorosos.
Ah! Os meus versos choram o meu fado
a sofrer por causa do olhar que bendigo,
desaguando a dor do amor desesperado.
Silvia Regina Costa Lima
28 de fevereiro de 2009
POR CAUSA DE TEUS OLHOS
Tento escrever... ah! bem que tento,
pois eu sou um mar eterno de versos.
Contudo, há o interno impedimento,
dentro do qual eu permaneço imerso.
Não é ausência de sopro ou de alento:
são teus olhos que, surgindo adversos,
invadem sem decência os sentimentos
a fazer o pensamento lento e disperso.
Que inferno! Castanhos e venenosos
(chegaram-me como forçado castigo)
gelados, quando deviam ser amorosos.
Ah! Os meus versos choram o meu fado
a sofrer por causa do olhar que bendigo,
desaguando a dor do amor desesperado.
Silvia Regina Costa Lima
28 de fevereiro de 2009