ORVALHOS DE SAUDADE
A solidão de mim me fez poeta
das janelas, zelando o firmamento,
mudando a cor, sabendo à mais discreta,
das ilusões de amor no pensamento.
É bem triste a canção que se projeta
de buscados bordéis, por um momento.
A mentira amorosa me inquieta,
como inquieta a voz que vem no vento.
O meu olhar, de sombras orvalhado,
deixa cair respingos de ansiedade
nas ausências presentes no passado.
Não são estrelas minhas a metade
dessas estrelas que me são telhado
a me abrigar do rocio da saudade.
Odir, de passagem
A solidão de mim me fez poeta
das janelas, zelando o firmamento,
mudando a cor, sabendo à mais discreta,
das ilusões de amor no pensamento.
É bem triste a canção que se projeta
de buscados bordéis, por um momento.
A mentira amorosa me inquieta,
como inquieta a voz que vem no vento.
O meu olhar, de sombras orvalhado,
deixa cair respingos de ansiedade
nas ausências presentes no passado.
Não são estrelas minhas a metade
dessas estrelas que me são telhado
a me abrigar do rocio da saudade.
Odir, de passagem