VAZIO NA ALMA
Hoje, passas tão altiva por mim,
e eu digo a mim mesmo baixinho:
Fugistes dos meus braços, de meu caminho,
sou um andrajo, um frustrado enfim.
Possuí teu corpo, eras tão menina,
fazias do meu beijo perdulário,
tua única crença, teu rosário.
Ah, passagem curta, tão repentina.
Hoje, passas tal qual uma gazela,
continuas linda como antes, bela,
e eu neste farrapo, a dores fadado.
Ah Deus!... suspiro sem nada te dizer,
que fostes a razão deste viver,
a vida, desta vida, já sem passado.