MEU ESPELHO

MEU ESPELHO

Sônia Sobreira

No reflexo do espelho, tão amigo!

Vejo meus olhos tristonhos, sofridos,

qual poemas de poetas nunca lidos,

que retornam e aqui ficam comigo.

Escondê-los do espelho, não consigo

porque os olhos refletem doloridos,

sonhos distantes que foram perdidos

e que hoje voltam, em busca de abrigo.

Nos espelhos, os sonhos mais incertos,

se transformam em caminhos abertos

e com eles as vezes me aconselho.

Assim, trago no olhar restos da infância,

ilusões que cruzam longa distancia,

no fantástico reflexo de um espelho.

SÔNIA SOBREIRA DA SILVA
Enviado por SÔNIA SOBREIRA DA SILVA em 31/03/2009
Código do texto: T1516240
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