Paralelismo


Ia a lua, passeava com seus raios,
Ria solta e leve além da noite azul;
Altaneira pelo céu, nos seus ensaios,
Enviava doce luz... No extremo sul,

Já dormia o velho sol, além de outeiros...
Se na veste branca usava uma estrelinha,
Ao reinar, a soberana dos celeiros,
Era o sonho do poeta que detinha.

Se as estrelas lhe faziam carruagem,
O cetim azul do forro e almofadas,
Lhe emprestava a luz noturna, sem favor.

É no céu, em coalizão, que interagem,
Pela força das matérias coaguladas,
As essências que compõem o nosso amor.


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