Soneto desamparado

Hei de zelar por teu corpo, atentamente

e sem certezas hei de apaziguar tua mente

e com minha boca hei de apartar-te as guerras

e a sua boca há de guiar-me, de repente

Nas tuas voltas, vou desencontrar-me lento

e no teu colo deitarei, tomando alento

e no meu peito apoiarás tua cabeça

e em tua cabeça há de caber o pensamento

E caso aceites, juro expatriar meus medos

E se erradicarmos, ambos, nossos egos

Desejar-te-ei, desesperadamente

E se, enfim, renunciares teus segredos

Então, o meu soneto há de estar completo

E hei de amar-te, infinitamente

Joao L Terrezo
Enviado por Joao L Terrezo em 31/03/2009
Código do texto: T1515746