Meu coração anda desvairado
Porque anseia uma tal felicidade
Teme a crua e nua realidade
Se aquieta ao sentir tua piedade
Estou cansada. Deixe-me em paz!
Desejo o silencio manso da solidão
Que atraca como barco no meu cais
E me devora no seio da escuridão.
Agora estou apática, louca,sem juízo!
Diz-me, por favor, o que é preciso
Para suavizar um peito cheio de dor
Que vaga pelos frios labirintos da incerteza
Num vazio repleto de ponteagudos espinhos
Das muitas rosas que cresceram sem amor.