TUA ALMA
Fiquei preso em meu verso recesso,
a espera da tua alma virtuosa.
Transcrevi então um verso,
refletindo minha alma desejosa.
E ao espaço tardio,
na solidão da minha alcova umbrosa,
surgiu o breve estio;
tua alma penetrava em mim, ditosa.
Foram curtos, os momentos recolhidos.
Sorristes, eu sorri fadado
a emitir, os sons já emitidos.
E eu, sofri a vindita em meu recesso,
vendo escoar do meu passado,
tua alma, teu sorriso, meu único verso.