SONETO n.53
O MURO
Tenho a forte lembrança do não vivido.
Tenho desejos de amor não vivenciado,
o reconhecimento do que é me querido,
no indício do que - por mim - é amado.
Penso em cores, em aroma já retido.
Penso num amor mais que arrebatado,
num sabor marcado de louco sentido,
na memória do que foi experimentado.
Neste meu bem-querer é que tudo flutua,
e, talvez, por não ter isto é que procuro,
escapar logo de mim para tentar ser tua.
Mas,a falta de um acesso é tão incontornável,
subsistindo um muro vivo...denso, escuro,
que sempre nos separa e me faz inconsolável!
Silvia Regina Costa Lima
12 de março de 2009
O MURO
Tenho a forte lembrança do não vivido.
Tenho desejos de amor não vivenciado,
o reconhecimento do que é me querido,
no indício do que - por mim - é amado.
Penso em cores, em aroma já retido.
Penso num amor mais que arrebatado,
num sabor marcado de louco sentido,
na memória do que foi experimentado.
Neste meu bem-querer é que tudo flutua,
e, talvez, por não ter isto é que procuro,
escapar logo de mim para tentar ser tua.
Mas,a falta de um acesso é tão incontornável,
subsistindo um muro vivo...denso, escuro,
que sempre nos separa e me faz inconsolável!
Silvia Regina Costa Lima
12 de março de 2009