"EU, MENDIGO"


Que culpa tenho eu, de ser assim?
De viver mendigando na calçada,
todos, sentem até nojo de mim
sem emprego, nem lar, tenho nada!

São noites frias, tenho que estar atento
durmo de dia, para a noite eu vigiar,
posso morrer, nas mãos do mau elemento
pergunto a Deus, até quando, vou agüentar?

Não tenho amigos, ninguém fala comigo
quantas vezes, senti falta de ombro amigo
escondo-me à noite, tal qual animal felino.

Sou um excluído, desta falsa sociedade...
nem faço parte, dos cidadãos desta cidade,
mas sigo em frente, apanhando do destino.