Soneto número 9
Da mãe para a filha que parte.
A corrente gelada e rápida do Tejo,
Ou o fervor do centro, do miolo do Vesúvio,
E da nossa cabra, o leite, o doce e o queijo,
E a engorda, milho e celeiro em um metro cúbico.
E o frio fazia durar menos o nosso serão,
Teu pai trazia os casos das pragas e incêndios
Da Ilha, tempos do tempo da navegação,
De caravelas com vela e remendos,
Da quilha esculpida com martelo e formão,
E do início, redes das bordadeiras da ilha,
A mostrar que o que não se esvai, sai da mão;
E que tu saibas que meu gesto é ter-te filha,
Paguei-te com amor tua consideração,
E que resolves ir, mas meu coração asilas...
Da mãe para a filha que parte.
A corrente gelada e rápida do Tejo,
Ou o fervor do centro, do miolo do Vesúvio,
E da nossa cabra, o leite, o doce e o queijo,
E a engorda, milho e celeiro em um metro cúbico.
E o frio fazia durar menos o nosso serão,
Teu pai trazia os casos das pragas e incêndios
Da Ilha, tempos do tempo da navegação,
De caravelas com vela e remendos,
Da quilha esculpida com martelo e formão,
E do início, redes das bordadeiras da ilha,
A mostrar que o que não se esvai, sai da mão;
E que tu saibas que meu gesto é ter-te filha,
Paguei-te com amor tua consideração,
E que resolves ir, mas meu coração asilas...