IMEMORIAL
Este silêncio vago, sem memória,
Crepúsculo de um sonho não vivido,
Impregnado em mim, mas esquecido
No imemorial da vida inglória.
Como quem rasga a página da história
E cerra o horizonte esmaecido
Cá no meu pensamento já te olvido
Se a ti não tenho, minha é esta vitória.
Pois que o remédio amargo desta vida
Em dose adocicada, com ironia
Bebeste de uma vez, ébria soberba!
Amar, já não te quero, desvalida!
Rumina o vômito de tua agonia,
Pois que este vil momento me acerba.
Este silêncio vago, sem memória,
Crepúsculo de um sonho não vivido,
Impregnado em mim, mas esquecido
No imemorial da vida inglória.
Como quem rasga a página da história
E cerra o horizonte esmaecido
Cá no meu pensamento já te olvido
Se a ti não tenho, minha é esta vitória.
Pois que o remédio amargo desta vida
Em dose adocicada, com ironia
Bebeste de uma vez, ébria soberba!
Amar, já não te quero, desvalida!
Rumina o vômito de tua agonia,
Pois que este vil momento me acerba.