MARIA É MORTA
®Lílian Maial
Já foi dondoca, alcoviteira e parasita,
foi traiçoeira, andou de burro e fez a vida,
já suportou tanta miséria sem comida,
subiu no palco, amamentou e foi bendita.
Era Maria, sem afago e, na desdita,
amou demais e se entregou e foi traída.
Foi condenada a cultivar febre e ferida,
e a renascer em cada esquina ou palafita.
Mas toda dor tem seu momento de revés,
e hoje a Mulher é forte da cabeça aos pés,
e, de tão nobre, em seu silêncio se curou.
De tanto mal, a linda flor do amor fenece,
e, em seu lugar, um peito tronco resplandece:
Maria é morta, e a Mulher ressuscitou!
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®Lílian Maial
Já foi dondoca, alcoviteira e parasita,
foi traiçoeira, andou de burro e fez a vida,
já suportou tanta miséria sem comida,
subiu no palco, amamentou e foi bendita.
Era Maria, sem afago e, na desdita,
amou demais e se entregou e foi traída.
Foi condenada a cultivar febre e ferida,
e a renascer em cada esquina ou palafita.
Mas toda dor tem seu momento de revés,
e hoje a Mulher é forte da cabeça aos pés,
e, de tão nobre, em seu silêncio se curou.
De tanto mal, a linda flor do amor fenece,
e, em seu lugar, um peito tronco resplandece:
Maria é morta, e a Mulher ressuscitou!
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