Fábula

Fábula

Visto-me com os trapos do Amor

Devassando-me com a louca paixão

Dos amores, que ferem sem pudor,

Sem pensar... no meu pobre coração...

Eu quis ter um amor que não era meu

Para que, assim, fosse embora à solidão...

Fantasia d’um doido, que então morreu,

Como essência esparramada pelo chão!

Mas, eu hei-de ter! o afeto verdadeiro...

Terno, doce, meigo, assim sisudo,

Que seja o último, porém, o primeiro!...

E conhecer um dia o seu conteúdo...

Lhano, amável, leal, assim inteiro,

Sincero! e que me ame mais que tudo!

(Dolandmay)

Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 25/03/2009
Código do texto: T1506002
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