Fábula
Fábula
Visto-me com os trapos do Amor
Devassando-me com a louca paixão
Dos amores, que ferem sem pudor,
Sem pensar... no meu pobre coração...
Eu quis ter um amor que não era meu
Para que, assim, fosse embora à solidão...
Fantasia d’um doido, que então morreu,
Como essência esparramada pelo chão!
Mas, eu hei-de ter! o afeto verdadeiro...
Terno, doce, meigo, assim sisudo,
Que seja o último, porém, o primeiro!...
E conhecer um dia o seu conteúdo...
Lhano, amável, leal, assim inteiro,
Sincero! e que me ame mais que tudo!
(Dolandmay)