Soneto desmascarado
Queres que eu abra o céu?
Se isso fizer, rompo o véu
E não mais provará do mel
Mas sim, da amargura do fel
Não peça para eu tirar todas as máscaras do mundo
Porque dentre elas está a que me fez cativar-te
E de repente você acordará de um sono profundo
E negará tua face, repudiando tudo que trás arte
O belo está no olhar mais do que na forma
Rastreia no coração toda fonte de ilusão!
E dentre as coisas que vos torna:
Encontrarás um conluio
Entre teu sonho e tua razão
Poupando do mundo essa imersão