Desabafo da criatura ao criador
O que meus olhos estão sondando,
No mundo que fizeste de exílio?
Com horror estou presenciando
Um pai homicida a matar seu filho
Como posso continuar te amando,
Se com frieza permite o martírio
Das criançinhas do teu reino santo,
Nos homens afogados em delírio?
Criador... se escutas esse meu brado,
Por favor, perdoa meu atrevimento.
Mas é que esse teu filho angustiado
Não pode compreender o teu intento,
Em administrar teu vasto legado,
Que é palco de tão profundos lamentos!