Maria de Paris

Viveu-se bela na juventude

Procrastinando excelência intermitente

Do vigor que tinha a tez em plenitude

Andava nua, num limbo latente

Embebida em seu deslumbre rude

E o envelhecido sorriso sem dentes

- Esgueiro à sombra da ilicitude -

Na aurora vaga que já lhe foi presente

Onde vivem os gloriosos dias

Que, coroada rainha, era Maria

O amuleto ouro da Cidade Luz?

E o cansado reflexo emagrecido

Nada falava, não tinha grito

Era todo esquecimento que se fez jus.

Ie
Enviado por Ie em 23/03/2009
Código do texto: T1502218
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