Buscas
Eis que busco até perpetuamente,
Num só coração mísero de amor,
Órgão vigoroso e altipotente,
Chora o escuro vácuo opressor.
Por falta, por medo ou louca razão,
Falta de sorte, por medo da morte,
Morte d’alma aflita sem sofreguidão,
Razão do amor que se vende a sorte.
A sorte que meu coração procura,
De conjugar o amor com ternura,
De sorver o que nos brinda o amor.
E que minha agradável solidão,
Tenha me ensinado uma lição,
De me render a paixão sem temor.