Buscas

Eis que busco até perpetuamente,

Num só coração mísero de amor,

Órgão vigoroso e altipotente,

Chora o escuro vácuo opressor.

Por falta, por medo ou louca razão,

Falta de sorte, por medo da morte,

Morte d’alma aflita sem sofreguidão,

Razão do amor que se vende a sorte.

A sorte que meu coração procura,

De conjugar o amor com ternura,

De sorver o que nos brinda o amor.

E que minha agradável solidão,

Tenha me ensinado uma lição,

De me render a paixão sem temor.

Lau Lopes
Enviado por Lau Lopes em 23/03/2009
Reeditado em 17/09/2012
Código do texto: T1501824
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