Viajante das Sombras
Como o inesperado és, um vento
Que vai pelos meandros este maldito
Mudando o que tão abjetos haviam dito
Com tal temor medonho em pensamento.
Então como um espectro profano,
Na pele do sanguinário assassino,
Ou um temido passante sem destino,
Nas penumbras sombrias do vil tirano.
Porém és como a música profana,
No violino de Tartini que toca
A essência misteriosa d’alma humana.
No vale sombrio um tenaz viajante,
Que tais demônios, anjos tais provoca
Numa ironia sarcástica hilariante.
HERR DOKTOR