POR QUE?

POR QUE?

Por onde andam aqueles ideais

Que acalentei em minha juventude?

Como um barco ancorado ao velho cais

Nas noites frias. Total solitude!

Como se os dias, pois, fossem iguais,

Planos tecia com tal plenitude.

E o destino, tornando-os desiguais,

Deixou sua marca com amplitude.

Aquele tempo já não volta mais,

E o melhor será mudar de atitude.

Por que alimentar idéias tais?

Se a vida deu-me toda a latitude

Para tornar meus dias bem legais,

Por que levar as mágoas ao ataúde?

Maria do Céo Corrêa
Enviado por Maria do Céo Corrêa em 23/03/2009
Código do texto: T1501156
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