POR QUE?
POR QUE?
Por onde andam aqueles ideais
Que acalentei em minha juventude?
Como um barco ancorado ao velho cais
Nas noites frias. Total solitude!
Como se os dias, pois, fossem iguais,
Planos tecia com tal plenitude.
E o destino, tornando-os desiguais,
Deixou sua marca com amplitude.
Aquele tempo já não volta mais,
E o melhor será mudar de atitude.
Por que alimentar idéias tais?
Se a vida deu-me toda a latitude
Para tornar meus dias bem legais,
Por que levar as mágoas ao ataúde?