O vazio
Este vazio que há em meu peito
Quase luz, esplendorosa, encarnada
Refulgindo o brilho da lua, sem jeito
Explodindo em mim, suave granada.
Vem à tristeza, coloca-me vencida
Aos pés da noite e seus mistérios
Em solidão e dor assim unidas
Astro... zomba de mim,é um império.
Percebo o leque de dores tão feio
A esvaziar minh’alma em suplício
Fazendo arfar, torax e seios.
Abatendo-me, contemplando-me muda
Este silêncio enorme e vazio
Somente observo a lua e peço que suba.