SONETO A CAMÕES

Oh! Santo Padroeiro

Proteja a última Flor de Lácio

Da praga do estrangeirismo

Da cultura globalizada.

Aqui neste santo sepulcro

Onde repouso em linhas tortas

Só ouço o repicar dos sinos

No sétimo dia das línguas póstumas

Sob a égide da nova ordem deserdada

A galé palavra naufragou em mil mares

A flor lusitana fenece na pátria amada.

Trago nas mãos ex-voto a cultura

Suplicando que o Trovador não repare

Minha decrépita e deserdada literatura.

Antonio Virgilio Andrade
Enviado por Antonio Virgilio Andrade em 03/05/2006
Reeditado em 08/05/2006
Código do texto: T149647