SONETO A CAMÕES
Oh! Santo Padroeiro
Proteja a última Flor de Lácio
Da praga do estrangeirismo
Da cultura globalizada.
Aqui neste santo sepulcro
Onde repouso em linhas tortas
Só ouço o repicar dos sinos
No sétimo dia das línguas póstumas
Sob a égide da nova ordem deserdada
A galé palavra naufragou em mil mares
A flor lusitana fenece na pátria amada.
Trago nas mãos ex-voto a cultura
Suplicando que o Trovador não repare
Minha decrépita e deserdada literatura.