Soneto Frankenstein
Olho já por que vai-se nessa hora
Vasta flora inebriante de torpor
vaga por pisar leve nesta flor
E melhor adiar que ir-se, embora
O de fora vai atento sem vigor,
Preceptor da atenção que revigora,
Melhora o atento olhar que corrobora,
Segura o seu cabresto, pundonor.
Com horror, escutou chamar, disse hein!
E nem bem perscrutou o espacial vasto,
viu-se um astro, minutos bons de fama,
azafama de câmeras sem lastro,
alabastro no busto sem pijama,
numa lama o soneto frankenstein.