UM FILHO DE IRACEMA
Sorrir? Pouco sorri; não é de engodo.
Agora, fazer rir, com bem chalaça,
Nisto, a jeito, o cearense bota graça.
É o brasileiro que faz rir a rodo.
Um sulista, talvez, que o recompense.
Também, o mundo inteiro que lhe bata,
Pois se o próprio se diz cabeça-chata...
Bem pudera!... Só deita no “non sense”...
Cearense não se planta, vai embora.
Emigra de um lugar, a novo canto,
E de si faz humor a toda hora.
De um filho de Iracema, tudo enquanto...
Não se diga, contudo, que, lá fora,
Não fez gol, pois que sempre faz seu tanto.
Fort., 20/03/2009.