LAURA, O MODELO
Tendes no seio a dor incontida,
de portar no porte firme de gazela,
exuberante nudez de pura donzela,
pousando pro mundo livre e despida.
Tendes no corpo, os olhos desejosos.
És página aberta, por vezes relida.
Seus seios que guardam a dor desta vida,
são sepulcro de pecados voluptuosos.
Tendes na alma a pureza das virgens.
No corpo esguio e nunca tocado,
salpicam desejos, em ti, com açoite.
Tendes a vida insana de vertigens,
em meio a seres que fazem do pecado,
um motivo de ti, pra uma só noite.