O QUE DE MULHER MELHOR TE DEI
O que de mulher melhor te dei, soube-te a nada,
Tirana Vida que me forçaste a cumprir em pena,
Se te sorria, em mim caía o palco e a cena,
Se me chorava, a cobrança era gemer calada...
Vida que errei, por ingenuidade ou por fraqueza,
Amargo cálice de que bebi, em fel e gotas,
Ainda voltas, maré viva em voláteis notas
D'acre perfume que destilo em dúbias certezas...
Por mera sina, por pura culpa, por cru espinho,
Não me encontro no julgamento que me condeno,
Mas seja ele qual for o final veredicto...
...Sei que plantei flores que vicejam no meu caminho,
Sei que mereço uma estrela-guia no céu sereno.
E nas palavras expio o perdão do meu delito!
O que de mulher melhor te dei, soube-te a nada,
Tirana Vida que me forçaste a cumprir em pena,
Se te sorria, em mim caía o palco e a cena,
Se me chorava, a cobrança era gemer calada...
Vida que errei, por ingenuidade ou por fraqueza,
Amargo cálice de que bebi, em fel e gotas,
Ainda voltas, maré viva em voláteis notas
D'acre perfume que destilo em dúbias certezas...
Por mera sina, por pura culpa, por cru espinho,
Não me encontro no julgamento que me condeno,
Mas seja ele qual for o final veredicto...
...Sei que plantei flores que vicejam no meu caminho,
Sei que mereço uma estrela-guia no céu sereno.
E nas palavras expio o perdão do meu delito!