Romance Proibido
Romance Proibido
A chuva fina escorrendo suave pela vidraça
Parece um cântico de louvor à imprudência
Na loucura da paixão o pecado é qual fumaça
Desvanece no ar, omissa a qualquer resistência.
Nos abraços a fúria do desejo é mero vulcão
Nos beijos o fogo ardente que arde incansável
Os corpos buscam fremente a plena satisfação
Embarcam aturdidos nessa luta memorável.
Na torrente de emoções que avassala todo ser
Gemidos incontidos revelam com total clareza
A glória do amor explodindo em ondas de prazer...
Mas o relógio é um estorvo ingrato, assaz cruel
Traz à tona a realidade dura atenuando a beleza
De um romance proibido num quarto de motel.
Norma Bárbara