Muros
 
Nada sei do material dos sonhos,
Nem da luz do Outono sobre as folhas;
Nada sei dos teus olhos tristonhos,
Das lembranças, que do mundo colhas.
 
Se um Verão nos anuncia Outono,
As mudanças seguem sempre iguais.
Tua falta no meu mundo abono;
Compreendo e já não choro mais...
 
Nada sei da Luz quando se esvai,
Das galáxias, em mundos escuros,
Desse Sol... Por ora, ele alimenta!
 
Há tristezas em não ter um pai,
Ter teus braços como fossem muros,
Realidade triste e peçonhenta.



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