Alegoria da Morte

Percorrendo as profundezas do abismo da morte

Os pés destroem rostos em desespero

Sentindo verter o limbo dos corpos fétidos

Em meio ao fogo, gritos, gemidos, dor

Abrindo caminho em toda essa massa

Desbravando o mais íntimo da dor humana

Sendo seguido em meio as trevas

Fugindo do medo que se desponta a cada passo

Os olhos, mesmo fechados, vislumbram o poder

Aquele que destrói tudo o que toca com suas garras

Fios de sangue que jorram das almas destroçadas

Que querem cura, necessitam de luz

Luz que as trevas não deixam chegar

Mas no íntimo todos sabem onde encontrar.

Grasielly Machado
Enviado por Grasielly Machado em 18/03/2009
Código do texto: T1492736
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