Alegoria da Morte
Percorrendo as profundezas do abismo da morte
Os pés destroem rostos em desespero
Sentindo verter o limbo dos corpos fétidos
Em meio ao fogo, gritos, gemidos, dor
Abrindo caminho em toda essa massa
Desbravando o mais íntimo da dor humana
Sendo seguido em meio as trevas
Fugindo do medo que se desponta a cada passo
Os olhos, mesmo fechados, vislumbram o poder
Aquele que destrói tudo o que toca com suas garras
Fios de sangue que jorram das almas destroçadas
Que querem cura, necessitam de luz
Luz que as trevas não deixam chegar
Mas no íntimo todos sabem onde encontrar.