SOLIDÃO
SOLIDÃO
Enquanto as horas passam lentamente,
No peito o coração quase a parar,
Já não sinto sequer seu palpitar,
E a vida em abandono totalmente.
Para quem olha displicentemente,
Bem poderia até imaginar,
Que os anjos cantam para me ninar,
E assim adormeci tranquilamente.
No entanto, a dor, como um entorpecente,
Confrangendo a alma quase a desmaiar,
Quedo-me silenciosa a meditar.
Nenhum gemido, nem grito estridente,
E o pranto pelas faces a rolar,
A Solidão parece sufocar!...