A minha aldeia, nos Açores, aonde voltei
depois de sessenta anos de diáspora.



Implacável destino que empurraste
sem sombra de piedade, do seu ninho...
e ainda implume... o pobre passarinho!
Baniste-me, cruel, e me exilaste...

e era eu tão criança! Que te baste,
cruel, ver-me voltar, assim sozinho
e velho, estropeado do caminho,
inútil e exausto como um traste.

Contente-te, cruel, o que eu sofri,
enquanto pelo mundo te segui...
No meu cantinho deixa que eu sossegue

o pouco que me resta para viver.
Inspira ao pobre velho algum prazer,
uma última ilusão a que me entregue...