TUAS CARTAS

Dizes em tuas cartas, poucas e frias:

“- Que tens? Que tens meu amor e paixão?

Choras? Um novo encontro trará alegrias;

Um novo amor nascerá em seu coração.”

Quantas vezes li estas frases horrendas

Para punir-me, em silêncio, da estupidez

De querer amar-te, sem tirar as vendas,

Por temer ver-te na tua mais pura nudez.

Hoje digo: por capricho vi a inverdade,

Que se espelhava à frente do amor,

Mas fechava os olhos, esquecendo a lida vã...

Não queria, no fim do trilho, sentir saudade

Da loucura daqueles momentos de desamor,

Que choro, pois hoje, nem lhe tenho como fã.

Olinda- PE, em 04 de julho de 1984.

MAZZAROLO ANGHINONI
Enviado por MAZZAROLO ANGHINONI em 16/03/2009
Código do texto: T1490279
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