Soneto à Transformação
N'alma ingrata que geraste em véu ligeiro,
Sou mais solto, mais sangrento, e balbucio
Umas preces, minha dama, e em terno cio
Sou capaz de deflagrar-te: sou faceiro.
De algum modo, se me pego por inteiro
Foragido a perecer, já renuncio
A este cargo de domínio, e num cicio
Auxílio teu conclamo ao travesseiro.
Pelas vidas várias que me forneceste,
Serei sempre grato a ti, querida, e neste
Carrossel de amor quero sempre estar!
Dando voltas nas curvas do teu destino
Onde há um ano renasceu o menino
Que se afoga e vive no teu peito-mar!
Obs: soneto dedicado a um ano de união à minha namorada Kyzzy.