OH!   VIDA!


Vidinha tonta sem sonhos desliza
Doida a galopar horas indomáveis,
A seguir velhos rumos e onde pisa
Deixa laços nos rastros incontáveis.

Sinos dobram as esquinas sob a brisa
Das ilusões perdidas e inefáveis...
E nos olhos a alegria agoniza
A escorrer em mil prantos infindáveis.

O brilho da saudade entardecida
Chicoteia o céu impunemente,
No crepúsculo, triste luz perdida...

Segue longe a esperança empedernida
Carregando seu fardo inutilmente
- Tão surda se fazendo a ti... Oh! Vida!
Mel Redi
Enviado por Mel Redi em 16/03/2009
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