SONETO TRISTE

Eu canto em verso este amor que sinto

Chorando espraio as dores que me sondam

Gritando espanto fantasmas que me rondam

Quem me vê rindo vai pensar que minto

Só mesmo em sonho consigo estar contigo

Rasgando o véu que envolve o teu rosto

No cruel tempo tão breve que é imposto

Penso alcançar este querer antigo

Se faz tão tarde e a noite me envolve

Lançando o manto negro que a veste

Deixando em mim a alma e o corpo inerte

E se o bem e o mal são passageiros

Já não me iludo com todos meus anseios

Perdi o sono, morro em devaneios!