VOANDO EM BRUMAS DE MELANCOLIA
Por que o sofrer é inerente ao humano?
Não seria bem melhor viver sorrindo?
Mas eis que vem a angústia sussurrando
como o vento no ar que passa fingindo
E tal látego insensível ele fere
voando em brumas de melancolia,
onde há ordem e precisão, interfere,
causando um sério dano à alegria
Destarte, em total bagunça o coração
à guisa da passagem de cruel furacão
vai deixando-se morrer tal qual beija-flor
Definhando até que, subitamente,
surge aquela preciosa semente
que à alma ressurge com o nome de amor