SONETO DA PROMESSA
SONETO DA PROMESSA
Eu te prometo consagrar a vida
nos rituais profanos da paixão
deixando minha parte proibida
ao jugo dos amores sem razão...
Tu me juras a devoção rendida
aos caprichos pueris do coração
cuja senha secreta está perdida
nos êxtases obscuros da ilusão.
Eu juro exorcizar-me do absurdo
e dessa insensatez do sobretudo
amor demais e só na alma vasta.
Meu tributo é a alma aqui jurada
e não precisas prometer-me nada
se teu amor é tudo que me basta...
A. Estebanez