*O ECO DA TUA VOZ*
Não se perde na distância ao meu ouvir
Intacta está sem arranhão
Se outras voam em minha direção
Fica da amizade um bom porvir
Em cada ausência tua fico inerte
Não sei se na distância há a fuga
E nesta indecisão fico confusa
Saio à procura na ânsia de teu flerte
Bem sabes que o rio nunca seca
No leito tuas raízes estão fincadas
Numa fortaleza deveras edificada
A luz está acesa nunca apaga
Teus versos para mim é alimento
Nada mudará o rumo noutra plaga
Sonia Nogueira *sogueira*
Perdoe se me ausento. É necessário.
O tempo é o Senhor, pois absoluto,
Se der a cara à tapa inda reluto,
O lobo tem destino sanguinário.
Debilitado estou, porém eu luto,
Correndo contra mim, o calendário,
Escondo os meus anseios num armário,
Aguardo o meu descanso, estendo o luto.
A morte se aproxima devagar,
Apodrecendo aos poucos, sem confetes,
Quisera controlar tal diabetes,
Quem sabe, noutra estância repousar...
Deixando mansamente a minha vida,
Preparo a cada dia, a despedida...
Marcos Loures
Não se perde na distância ao meu ouvir
Intacta está sem arranhão
Se outras voam em minha direção
Fica da amizade um bom porvir
Em cada ausência tua fico inerte
Não sei se na distância há a fuga
E nesta indecisão fico confusa
Saio à procura na ânsia de teu flerte
Bem sabes que o rio nunca seca
No leito tuas raízes estão fincadas
Numa fortaleza deveras edificada
A luz está acesa nunca apaga
Teus versos para mim é alimento
Nada mudará o rumo noutra plaga
Sonia Nogueira *sogueira*
Perdoe se me ausento. É necessário.
O tempo é o Senhor, pois absoluto,
Se der a cara à tapa inda reluto,
O lobo tem destino sanguinário.
Debilitado estou, porém eu luto,
Correndo contra mim, o calendário,
Escondo os meus anseios num armário,
Aguardo o meu descanso, estendo o luto.
A morte se aproxima devagar,
Apodrecendo aos poucos, sem confetes,
Quisera controlar tal diabetes,
Quem sabe, noutra estância repousar...
Deixando mansamente a minha vida,
Preparo a cada dia, a despedida...
Marcos Loures