O CANTO DA POESIA
 
Eu canto todo canto que a alma encerra
Exalando o perfume de meus versos
Da vida – os dissabores transversos –
De meu inconsciente a dor desterra!
 
Indócil, no afã da cumplicidade
Entre a minha verdade e a mentira
Incerto, o meu pensamento expira,
Perdido nas asas da ambigüidade!
 
Quem sabe, nos versos de um poema,
Eu possa transmutar a minha mágoa
- Como se fora última e suprema
 
Sentença a qual me fosse imposta,
Buscando encontrar minhas respostas,
Na poesia que em mim deságua!