Manhã

Vem sua áurea realeza na campina

Os matizes dourados tudo cobrem

A dizer: erma névoa da colina

Dá passagem aos louros que a colorem.

Vem brotando a aurora matutina

Pois que seja a sua alteza, sinos dobrem,

De sua clara presença agora fogem,

Os vis gárgulas reis da negra sina.

Tendo em troca o calor de mais um dia

Eis que a flora a aclama e noticia,

Embalada na música das penas;

Suas gargantas ressoam, mesmo pequenas,

Dando festa à chegada do astro-pai,

Que ao trono do meio-dia, marchando vai.

Aleixo Prístino
Enviado por Aleixo Prístino em 09/03/2009
Código do texto: T1478115
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