O matuto, o rei e o sapo.../ com áudio
Sou matuto lá das bandas de Alfenas
com meus pais eu aprendi a não brigar;
se surrado, eu chorasse as minhas penas,
apanhava um pouco mais, para pensar...
Sou matuto, diplomado em me trancar,
não contando as minhas dores pra ninguém;
mesmo quando sinto a língua comichar
eu me calo e só falo o que convém...
Não me dobro às tristezas dos sofreres
me entregando, por inteiro, ao bom-humor
que se fez -na orfandade- meu tutor...
Não resisto às delícias e aos prazeres
de uma mesa, de uma cama ou bate-papo
que transformam nalgum Rei, um pobre sapo...