SONETO DE MEDITAÇÃO
Pare o corpo e deixe a alma dançar livremente.
Pois o corpo pesa, subtrai a essência do amor.
A alma livre saltita, voa como um condor;
A carne dorme, descansa solenemente.
No descansar exato e momentâneo do corpo,
A coreografia ritmada da alma faiscante;
Um súbito elevar-se, um desejar infante
A descrever a liberdade num risco amorfo.
Lentamente, retorna o corpo ao movimento;
Sobrevoando na reminiscência do vento,
Muito agradecido pela alma e seu bailado.
Sintonizados, produzem amor infinito
O corpo e a alma num gesticular tão bonito.
Destarte, foi a alma dançando e o corpo parado.