SONETO DE MEDITAÇÃO

Pare o corpo e deixe a alma dançar livremente.

Pois o corpo pesa, subtrai a essência do amor.

A alma livre saltita, voa como um condor;

A carne dorme, descansa solenemente.

No descansar exato e momentâneo do corpo,

A coreografia ritmada da alma faiscante;

Um súbito elevar-se, um desejar infante

A descrever a liberdade num risco amorfo.

Lentamente, retorna o corpo ao movimento;

Sobrevoando na reminiscência do vento,

Muito agradecido pela alma e seu bailado.

Sintonizados, produzem amor infinito

O corpo e a alma num gesticular tão bonito.

Destarte, foi a alma dançando e o corpo parado.

LLP
Enviado por LLP em 08/03/2009
Código do texto: T1475579
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.