BAUDELAIRE

Tanta vaidade vejo;  e formosura,
Na sedução exata e na conquista,
No remelexo ardente – encanta a vista –,
Mal pisa os pés no chão – nem  se aventura...

E negas teu amor – na face dura.
Num pedestal de sonho – ilusionista –,
Orgulha-se na empáfia ao ver a lista,
Dos tolos esnobados – na grossura...

Cultivas como deus absoluto
Tua  beleza então – luciferina
Na varejeira, ao vê-la, então, matuto:

É vento essa vaidade que te atiça,
Serás  banquete a mosca –  sim“menina”
Quando seres somente “Uma Carniça”


06-07/03/09


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Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 07/03/2009
Código do texto: T1473345
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