A BELA E A BESTA

Selecionei criteriosamente uma roupa que ia vestir,

Olhei-me bastante no espelho; passei o meu batom

E vendo atentamente que em mim estava tudo bom

Para a rua então fui com toda a graciosidade a florir.

De repente chega ao meu ouvido um horroroso som

Que os meus tímpanos ignoraram, recusaram a ouvir.

À vida, mesmo com muita raiva, eu me pus a sorrir

A fim de não perder a classe, de não perder o tom.

O som horroroso era, pasmem, de uma chula cantada

Que aquele ser ignóbil, asqueroso, vulgar me dirigiu.

O meu desejo era de mandá-lo para aquele lugar, viu!

Sou mulher sim e não só por isto, mereço ser respeitada

Afinal de contas, puxa vida, sou ser humano também...

Homens assim eu os desprezo, de mim nada eles têm

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 06/03/2009
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