Campo Santo
Andava por entre jazigos gastos
No adágio fantástico quase real
No Orco, Musas e um amante desleal
Procurava sepulcros de uns nefastos.
Pagava com a moeda da loucura
Nos confins daquele ermo cemitério
Um cenário de penumbra e mistério
Aí encontrei aquela escura sepultura.
Na lápide uma inscrição verdadeira
Aqui jaz o poeta das almas mortas
Num odor de flores rubras absortas.
Pelo aspecto amarelado na lápide
Rimava com o veneno da áspide
Na sombra se escondia a cova primeira.
HERR DOKTOR