MEU POEMA

Quebrei as brumas do passado torto

E matei minha trêmula saudade.

Depois, caí no leito e quase morto.

Logo dormi. Ah! “Resistir quem há-de?”

Qual navio ancorado em fundo porto

Entreguei-me ao descanso com vontade.

Depois do sono bem dormido, absorto,

Acordei com o sol que a casa invade.

Nessa noite nenhum verso escrevi,

Mas, ressonando, já pensei em ti,

Sagrada musa de beleza extrema.

E, tomando da tímida prancheta,

E a minha esferográfica caneta...

Conto-lhe tudo neste simples poema!