Recordar é viver
Quando vi o teu olhinho a brilhar
No meio de uma noite tão escura
Confesso encontrei ampla ternura
E sutil promessa a desfrutar.
Mas a possessão demoníaca
Transformou-me em monstro alma fria,
De torpe ciúme e a alegria
Acabou-se em farsa elegíaca.
Agora é o pranto a imperar
Doce perseguida o perfume
Tenho nos meus dedos “recuerdos”
E o temor de nunca te achar
Apenas a imagem, o negrume
E em teu branco olhinho, segredo.