FANTASMA DA SAUDADE

A noite estava trêmula e silente

Sob o céu nublado e bem escuro!

Estávamos num mundo diferente,

Parecia castigo prematuro.

Foi então que o fantasma da maldade,

Com os dentes pra fora em desalinho,

E os olhos bem vermelhos, sem piedade,

Como as cruéis harpias do caminho.

E deu tamanho grito assustador...

Queria paz, queria muito amor.

Quem poderia amar um vil fantasma?

E ele respondeu com simplicidade:

O fantasma, somente, da saudade,

Pode me amar... Enquanto o mundo pasma!