ESTE MEU SONHO

Os mortos jazam sob a paz tranquila,

e mais, que os vivos vivam vida amena,

pois nisto mora o bem que nos cintila,

como por entre os cardos a açucena.

No vão do espaço cósmico, perfila

este meu sonho de traçar com a pena

um vasto afresco, tinto em clorofila,

um mundo irmão, sem pequenez terrena.

Do chão dos homens seja, pois, varrida

a praga devastável do egoísmo

e que se ponha termo à violência.

Porque, meu povo, vale é nossa vida:

vida passada a limpo, com o lirismo

da praxe solidária, e com decência.

[Publicado em “Mundo Jovem”, Porto

Alegre, nº 262, p. 22, jul. 1995]

Fort., 04/03/2009.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 04/03/2009
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