Soneto incontido

Não hei de me atrever, a sua beleza

A transmutá-la toda em parcos versos,

Palavras aviltadas sem certeza

Que meus olhos descrevem submersos

Não há espaço vago na poesia

Para comportar do teu corpo o perfume

Que o cheiro em minha narina ainda ardia

Entorpecido e cego por seu lume

E mesmo a epopéia mais homérica

Ilustrada por tão lindas sirenas

Para a sua voz ainda é pouca

E até as curvas breves do seu nome

Não cabem em estrofes tão pequenas

E nem nos sons que vem da minha boca

Joao L Terrezo
Enviado por Joao L Terrezo em 04/03/2009
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